sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Saiba quando fechar o bico.





 

A timidez é uma dificuldade que pode ser superada com exercícios e coaching, conscientização dos medos e controle da ansiedade. Mas será que o oposto também merece atenção? Uma pessoa tagarela também sofre as consequencias da dificuldade de controlar o impulso de falar mesmo em horas inapropriadas?
Minha mãe me indicou um excelente livro que diz que a prece do sábio é o silêncio e que não se deve ficar constrangido com o silêncio. O silêncio é sim constrangedor em determinados momentos, como uma conversa que não flui, mas muitas vezes dizer coisas (e pior ainda é a frase que vem logo em seguida de uma bobagem: "tô brincando", ou "brincadeirinha") é ainda mais constrangedor não apenas para quem falou, mas para quem ouviu.
Outro ponto fraco do tagarela é a perda de tempo, que em muitos momentos pode ser irritante. Com certeza é irritante para quem paga o tagarela e o vê desperdiçando o tempo com conversinhas bobas. Ficar calado e não criar vínculos na vida através da comunicação é muito prejudicial a qualquer um, mas falar de mais pode ser uma bomba ambulante.

Leia o excelente texto sobre o assunto e aprenda com essas dicas de ouro.

"Saiba quando fechar a boca!

Falar de mais pode ser um pecado maior do que a timidez. Conheça cinco situações em que é melhor não dizer nada.

Profissionais em todo o mundo sofrem com a timidez. Contudo, é no problema oposto - falar em excesso - que residem os efeitos mais danosos à carreira. É o que afirma a escritora de negócios Tamara 'Tammy' Erickson, autora do badalado Plugged in. Tammy elencou, num artigo recente, as cinco situações em que é mais conveniente ficar de boca fechada:

  • Evite excesso de explicações - O excesso de explicação, segundo ela, é um veneno, especialmente perigoso às equipes de venda. 'Depois que o cliente já manifestou que vai comprar o produto, não perca tempo descrevendo mais um de seus itens ou benefícios.' A informação, quando em excesso, gera confusão e irritação. O princípio vale para a conduta do profissional no escritório. Seja sucinto, aconselha ela. Quando alguém perguntar no corredor "como vai você?", não dê uma folha corrida de sua vida.
  • Sem desculpas na hora errada - O  profissional deve estar sempre bem preparado . Porém, se acontecer o infortúnio de não estar, deve evitar as desculpas. Além de inócuas (não melhorarão  o desempenho), elas o deixarão sob uma luz desfavorável frente aos colegas. "Começar uma reunião avisando a todos que você não teve tempo de se preparar adequadamente soa a insolência, desrespeito e desleixo", diz Tammy. Também gera animosidade. "Lembre-se que, provavelmente, o colega de cadeira ao lado ficou até as 2 da manhã se preparando para a reunião."
  • Não faça perguntas tolas - Elas mostrarão - de modo cristalino e pungente - o seu desconhecimento do assunto e despreparo. Esta é a dica mais capciosa da lista. Afinal, se você não domina um assunto, como vai saber se a sua pergunta é inteligente ou não? A saída é a discrição e a cautela, de acordo com a autora. Uma coisa é certa: evite dar espetáculos de pretensa erudição sobre assuntos que não domine. É uma receita certa para o desastre.
  • Não banque o engraçadinho - As piadas em ambiente de trabalho são uma perigosa via de mão dupla. O bom humor, quando dosado, é uma excelente ferramenta para tornar o profissional benquisto, quebrar o gelo e desfazer hostilidades. Contudo, não arrisque muito e saiba usá-lo. Ninguém gosta de engraçadinhos.
  • Evite o óbvio - É o caso de enfermeira que, antes de dar a injeção, avisa que  "a agulha está esterilizada". O reforço de um pressuposto pode ter efeito contrário: manchar uma reputação. Imagine um contador que avisa aos clientes de que não os está enganando. Foi uma situação assim, aliás, que inspirou Tammy a escrever sobre o bico calado. Durante um voo, o comandante, depois de informar sobre a previsão de chegada para dali a uma hora , fez um acréscimo: "Não se preocupem, temos combustível para chegar". Felizmente, o aviso passou despercebido à maioria, mas não foi exatamente tranquilizador."
Fonte: Época Negócios - Ano 3 - Junho 2009 - Número 28

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